Há carros que nos marcam ao longo da vida, que não nos deixam indiferentes, seja pela sua questão estética, seja pela motorização, seja por questões pessoais ou familiares, seja pela sua presença no desporto automóvel, enfim, muitas são as razões para ficarmos a olhar para um modelo quando se cruza por nós nas estradas.

Depois, há aqueles que acima disso tudo são tão universais que mesmo quem não está dentro do mundo automóvel a fundo, sabe dizer o nome do modelo - podendo errar na versão ou não...Este exemplar é, sem dúvida, um exemplo de tudo isso!

Lancia Delta HF Integrale - uma máquina que apaixonou miúdos e graúdos, sobretudo pela sua passagem no Mundial de Ralis e que, devido às imposições legais da época, foram homologadas versões de estrada.O modelo é lançado em 1979, com o design de Giorgio Guigiaro, mas só mais tarde - em 1986 - é lançada uma versão desportiva, fazendo uso de um motor turbo de 4 cilindros, 2 litros de capacidade, 8 válvulas e tração integral, que produzia 185cv de potência máxima. Já em 1989 (precisamente o ano deste exemplar) a Lancia atualiza a sua motorização passando para 16 válvulas, permitindo uma subida da potência para 200cv. Com esta alteração, o Delta tinha uma velocidade máxima de 220km/h e chegava dos 0 aos 100 em apenas 5,7 segundos.

Várias são as alterações face a um Delta base: começando pelo exterior, temos as designações HF na grelha frontal e Integrale na porta da bagageira, embaladeiras mais agressivas, duplos faróis redondos na dianteira, alargamento de ambas as vias, capot com uma "bossa" para conseguir albergar o motor de maiores dimensões e spoiler traseiro. Passando para o interior, é impossível não referir um dos quadrantes míticos da história automóvel com um fundo amarelo, um volante Sparco, moca da caixa também Sparco e bancos desportivos - mas super confortáveis - da Recaro.